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Bienal theme deep dream

English Version below

S O N (H) O P R O F U N D O

DEEP (SLEEP) DREAM

A BIENAL DE ARTE DIGITAL, convoca para sua 3ª edição, a ser realizada entre o final de 2024 e início de 2025, na cidade do Rio de Janeiro no Brasil, artistas, cientistas, criadores, pensadores, curadores, humanistas e tecnologistas para o tema “S O N (H) O   P R O F U N D O”

Sonham as máquinas em sono profundo. Sonha a humanidade em sono profundo.

Sono e Sonho, Máquinas e Humanos, S O N (H) O   P R O F U N D O transita entre a reflexão sobre a natureza dos sonhos e os modelos de consciência tanto em máquinas quanto em humanos. 

Como funcionam os sonhos? Como se comportam os estados de consciência? O que habita os universos físicos e virtuais na ambiguidade de sono e sonhos profundos?

Dormir, sonhar, lembrar. Sonhos são passado e futuro.

Ao longo desta bienal, propomos entrelaçar a sabedoria dos sonhos humanos com a ‘magia’ da tecnologia. Convidamos os participantes a explorar essas dualidades – o sono profundo versus os sonhos utópicos/distópicos, o humano versus a máquina – através da arte, ciência e da tecnologia.

A bienal explora a ideia de que a humanidade está em um ‘sono profundo’, alheia aos problemas ambientais, sociais e tecnológicos que enfrentamos. Esse estado de sono representa uma desconexão com a realidade, um sonho coletivo de complacência e consternação.

Contrastando com o sono humano, propomos uma visão tecnicista onde as máquinas estão em um ‘sonho profundo’, processando dados e algoritmos complexos em uma tentativa utópica de resolver os problemas do mundo. Esta temática convida a reflexões sobre as promessas e limitações tecno deterministas como salvadoras da humanidade.

S O N (H) O   P R O F U N D O é uma exploração semiótica e utópica dos estados de sono e sonho, tanto em humanos quanto em máquinas. Inspirado por Winnicott, Bion, Sidarta Ribeiro, Tales A.M. Ab’Sáber e ampliado por pensadores contemporâneos como Anil Seth, Max Tegmark, e Katherine Hayles. A Bienal de Arte Digital provoca uma reflexão crítica e técnica sobre o sono profundo da humanidade frente aos desafios do mundo e a utopia tecnicista de máquinas ‘sonhando’ soluções para nossos problemas mais complexos. Entrelaçar a sabedoria ancestral dos sonhos com inovações futuristas e tecer novas realidades a partir do encontro entre níveis de consciência híbridos.

Winnicott explorou o conceito de “espaço potencial” entre a realidade interna (subjetiva) e o mundo externo (objetivo). Ele argumentava que a brincadeira e a criatividade emergem desse espaço intermediário, que também é o local onde os sonhos acontecem. Isso pode ser relacionado ao modo como a arte e a tecnologia criam espaços para exploração e inovação.

Bion focava na importância dos sonhos para processar experiências emocionais e desenvolver o pensamento. Ele propôs que os sonhos são uma forma de pensar em um nível mais primitivo e que ajudam na digestão emocional. Essa ideia pode ser comparada com o processamento de dados e aprendizado emocional em máquinas.

Ribeiro, em suas pesquisas, demonstrou como os sonhos são cruciais para o aprendizado e a memória. Ele sugere que sonhar é essencial para a reorganização neural. Essa perspectiva pode ser paralela ao modo como as redes neurais artificiais processam e ‘reimaginam’ informações.

Seth, explora a ideia de que a consciência é uma construção ativa do cérebro, propondo que a realidade que percebemos é uma espécie de “alucinação controlada”. Suas teorias podem ser aplicadas à forma como as máquinas interpretam e ‘percebem’ o mundo.

Tegmark discute a teoria do multiverso e as diferentes categorias de universos possíveis. que amplia a discussão sobre a realidade, propondo que nossa compreensão do “real” pode ser apenas uma fração de um espectro muito mais amplo de possibilidades. Isso também se conecta metaforicamente com a ideia de diferentes ‘realidades’ experimentadas em sonhos.

Hayles discute a integração entre humanos e tecnologia no que explora a afetação da  consciência e a cognição em um caminho pós-humanista. Propõe que essas interações redefinem o que significa ser um agente consciente, e também discute o conceito de cognição distribuída, que sugere que o pensamento não é apenas um processo interno.

Ab’Sáber faz uma abordagem a ser aplicada para entender como a arte, em suas várias formas, é uma extensão do sonhar, servindo como um meio de expressar e explorar realidades alternativas, desejos inconscientes e visões utópicas e explora a ideia dos sonhos como uma janela para o inconsciente. Isso pode levar a um diálogo sobre como os sonhos, tanto os humanos quanto os ‘sonhos’ das máquinas, podem revelar verdades ocultas sobre nossos desejos, medos e aspirações.

S O N (H) O   P R O F U N D O, é uma passagem para um mundo onde o sono e o sonho, o humano e a máquina, o real e o imaginário se fundem.

Tadeus Mucelli
Diretor do conselho da Bienal

The BIENAL DE ARTE DIGITAL calls for artists, scientists, creators, thinkers, curators, humanists and technologists for its 3rd edition, to be held between the end of 2024 and the beginning of 2025, in the city of Rio de Janeiro in Brazil, on the theme “D E E P (S L E E P) D R E A M“.

Machines dream in deep sleep. Humanity dreams in deep sleep.

Sleep and Dream, Machines and Humans, D E E P (S L E E P) D R E A M moves between reflections on the nature of dreams and models of consciousness in both machines and humans. 

How do dreams work? How do states of consciousness behave? What inhabits the physical and virtual universes in the ambiguity of sleep and deep dreams?

Sleeping, dreaming, remembering. Dreams are past and future.

Throughout this biennial, we propose to intertwine the wisdom of human dreams with the ‘magic’ of technology. We invite participants to explore these dualities – deep sleep versus utopian/dystopian dreams, the human versus the machine – through art, science and technology.

The biennial explores the idea that humanity is in a ‘deep sleep’, oblivious to the environmental, social and technological problems we face. This state of sleep represents a disconnection from reality, a collective dream of complacency and dismay.

In contrast to human sleep, we propose a technicist vision where machines are in a ‘deep dream’, processing data and complex algorithms in a utopian attempt to solve the world’s problems. This theme invites reflections on the promises and limitations of techno-determinists as saviors of humanity.

D E E P (S L E E P) D R E A M is a semiotic and utopian exploration of sleep and dream states in both humans and machines. Inspired by Winnicott, Bion, Sidarta Ribeiro, Tales A.M. Ab’Sáber and expanded by contemporary thinkers such as Anil Seth, Max Tegmark, and Katherine Hayles. The Digital Art Biennial provokes a critical and technical reflection on humanity’s deep sleep in the face of the world’s challenges and the technicist utopia of machines ‘dreaming up’ solutions to our most complex problems. Interweaving the ancient wisdom of dreams with futuristic innovations and weaving new realities from the encounter between hybrid levels of consciousness.

Winnicott explored the concept of “potential space” between internal (subjective) reality and the external (objective) world. He argued that play and creativity emerge from this intermediate space, which is also the place where dreams happen. This can be related to the way art and technology create spaces for exploration and innovation.

Bion focused on the importance of dreams for processing emotional experiences and developing thought. He proposed that dreams are a way of thinking on a more primitive level and that they help with emotional digestion. This idea can be compared to data processing and emotional learning in machines.

Ribeiro, in his research, has shown how dreams are crucial for learning and memory. He suggests that dreaming is essential for neural reorganization. This perspective can be paralleled with the way artificial neural networks process and ‘reimagine’ information.

Seth, explores the idea that consciousness is an active construction of the brain, proposing that the reality we perceive is a kind of “controlled hallucination”. His theories can be applied to the way machines interpret and ‘perceive’ the world.

Tegmark discusses the multiverse theory and the different categories of possible universes. This broadens the discussion about reality, proposing that our understanding of the “real” may only be a fraction of a much wider spectrum of possibilities. This also connects metaphorically with the idea of different ‘realities’ experienced in dreams.

Hayles discusses the integration of humans and technology in which he explores the affectation of consciousness and cognition on a post-humanist path. He proposes that these interactions redefine what it means to be a conscious agent, and also discusses the concept of distributed cognition, which suggests that thought is not just an internal process.

Ab’Sáber takes an approach to understanding how art, in its various forms, is an extension of dreaming, serving as a means of expressing and exploring alternative realities, unconscious desires and utopian visions, and explores the idea of dreams as a window into the unconscious. This can lead to a dialog about how dreams, both human and machine ‘dreams’, can reveal hidden truths about our desires, fears and aspirations.

D E E P (S L E E P) D R E A M, is a passage into a world where sleep and dream, the human and the machine, the real and the imaginary merge.

Tadeus Mucelli
Board Director

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